Notícias
Falta de planejamento pode abreviar a vida de pequenas e médias empresas
Ao longo de sua história, uma empresa encara de forma cotidiana episódios que podem fazer o faturamento cair ou subir
Ao longo de sua história, uma empresa encara de forma cotidiana episódios que podem fazer o faturamento cair ou subir. Quem empreende em um país como o Brasil sabe o que é isso. Assim, tomar as melhores decisões fará com que os reflexos de uma fase ruim sejam amenizados ou colocados como referência para começar a virar o jogo.
Se essa realidade está presente em todo o mundo empresarial, a organização do setor produtivo que depende de uma sucessão familiar para seguir em atividade enfrenta um desafio ainda maior. Sem um planejamento sucessório feito a tempo, para dar prazo de adaptação aos herdeiros de pequenas ou médias empresas que vão comandar a organização, a vida daquele negócio poderá ser abreviada em muitos anos.
Transição familiar
Sabe-se que uma transição patrimonial de uma geração a outra não é algo fácil de resolver, pois exige de todos os membros recuos e avanços, ponderações e muita serenidade. Por outro lado, também não precisa ser naturalmente marcada por conflitos, capazes de impactar o destino da corporação. Já testada e aprovada em muitos países, inclusive no Brasil, a holding familiar surge como uma solução de transferência de patrimônio e comando para evitar surpresas desagradáveis e tem sido uma boa alternativa a herdeiros em tempos de pandemia.
O significado prático está associado a uma espécie de empresa central, cuja missão é o controle dos demais negócios. Todo o patrimônio é gerenciado e administrado sob a forma de sociedade integrada por membros da família. Ao se tratar de uma holding familiar, o papel fundamental permanece semelhante, relacionada ao processo de tomada de decisões. A empresa-mãe (holding) pode ser classificada como “pura”, destinada exclusivamente à administração de bens. Já a “mista” continua como controladora, mas com capacidade de atuar em outros negócios.
É preciso destacar que as regras de sucessão familiar dentro da holding devem estar também regidas no contrato de seu funcionamento. A centralização dos negócios é outro benefício, já que as definições coletivas vão se concentrar numa única referência, no caso a própria sociedade gestora.
De toda a forma, a constituição dessas proteções reúne vários benefícios envolvendo planejamento financeiro, segurança patrimonial e a organização de uma sucessão marcada pela previsibilidade. Em se tratando desta última questão, o que se busca é a harmonia entre os familiares, evitando conflitos por disputa de poder – seja na pequena, na média ou na grande empresa.
Planejamento tributário
Na questão tributária, uma holding possibilita a redução da carga tributária. Essas organizações, dentro da lei, podem ser criadas por meio da chamada elisão fiscal em que o capital social do grupo é formado pelos bens das pessoas físicas e pelas participações societárias. A tributação de uma “empresa-mãe” é reduzida, gerando assim mais lucros a seus participantes. Vale lembrar que a distribuição de dividendos das companhias geridas pela controladora não é passível de tributação.
A constituição de uma sociedade gestora de participações sociais por si só não é garantia de que tudo irá bem. O sucesso também deverá estar atrelado à gestão de suas finanças e qual o nível de comprometimento administrativo de cada sócio. O gerenciamento orçamentário, portanto, é tão estratégico quanto à criação do controle de suas subsidiárias, pois um está atrelado ao outro.
*Morgana Borssuk é advogada, administradora e pós-graduada em Direito Empresarial pelo ISAE/FGV. Sócia proprietária do escritório www.borssukemarcos.com.br, é especialista em direito imobiliário – área em que atua há mais de oito anos – gestão patrimonial imobiliária e empresarial. Especializou-se em procedimentos extrajudiciais personalizados de modo a evitar o ingresso no judiciário para a resolução de questões cotidianas.
Links Úteis
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.6364 | 5.6394 |
Euro/Real Brasileiro | 6.30517 | 6.32111 |
Atualizado em: 14/05/2025 23:14 |
Indicadores de inflação
02/2025 | 03/2025 | 04/2025 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 1,00% | -0,50% | 0,30% |
IGP-M | 1,06% | -0,34% | 0,24% |
INCC-DI | 0,40% | 0,39% | 0,52% |
INPC (IBGE) | 1,48% | 0,51% | 0,48% |
IPC (FIPE) | 0,51% | 0,62% | 0,45% |
IPC (FGV) | 1,18% | 0,44% | 0,52% |
IPCA (IBGE) | 1,31% | 0,56% | 0,43% |
IPCA-E (IBGE) | 1,23% | 0,64% | 0,43% |
IVAR (FGV) | 1,81% | -0,31% | 0,79% |