Notícias
Empresas poderão “emprestar” funcionários para setores com demanda maior
A proposta é válida para todos os trabalhadores de uma mesma empresa, desde que seus contratos de trabalho não tenham sido suspensos
Para dar um fôlego a mais aos setores afetados pela crise com o novo coronavírus, o governo vai editar na próxima semana uma medida provisória (MP) que vai autorizar às empresas cederem, temporariamente, seus funcionários para outras que estejam com demanda de mão-de-obra.
A proposta vai permitir que o mecanismo seja utilizado para todos os trabalhadores de uma mesma empresa, desde que seus contratos de trabalho não tenham sido suspensos. O novo regime terá validade por até 120 dias, prorrogáveis pelo mesmo período, durante a calamidade pública, que termina em 31 de dezembro.
Durante o processo, a empresa que vai receber os trabalhadores terá que de arcar com todos os encargos trabalhistas, mas o vínculo continuará sendo mantido pelo empregador que cedeu a mão-de-obra. Caberá a esta empresa efetuar o pagamento e recolher impostos e contribuições, mas sem custos porque ela será reembolsada pela nova contratante.
A cessão poderá beneficiar empresas que reduziram salário de seus empregados, mas neste caso, a remuneração do trabalhador cedido não será alterada, a não ser que ele tenha aumento de jornada.
Segundo um técnico da equipe econômica, a MP vai exigir concordância expressa dos trabalhadores. Fora isso, eles precisarão apenas se apresentar no novo serviço, disse a fonte. O contrato de cessão é feito entre as empresas.
Uma das vantagens para a adesão é o tempo de estabilidade no emprego, que poderá chegar a oito meses, pois durante a cessão o trabalhador não poderá ser demitido. De acordo com a MP 936, que autorizou redução de jornada e salário, com contrapartida da União que vai usar o seguro desemprego para ajudar a complementar a remuneração dos empregados, a empresa precisa segurar os empregos por seis meses.
O governo afirma que a medida é mais um esforço, no sentido de reduzir custos e burocracia para o setor produtivo. A empresa que vai receber os trabalhadores de outra será beneficiada porque poderá atender a uma demanda temporária, sem ter quer ampliar o quadro de pessoal.
A expectativa é oferecer uma solução mais rápida para setores ligados à área de saúde, que estão sendo demandados para produzir respiradores, ventiladores, macas, roupas especializadas, máscaras e aventais.
Um funcionário de uma confecção que perdeu faturamento na crise poderá ser emprestado para uma fábrica de máscara, por exemplo. A ideia é expandir esse tipo de mecanismo, que já é permitido para terceirizados, mas dentro de um novo formato.
Links Úteis
Indicadores diários
Compra | Venda | |
---|---|---|
Dólar Americano/Real Brasileiro | 5.6743 | 5.6773 |
Euro/Real Brasileiro | 6.41026 | 6.42674 |
Atualizado em: 01/05/2025 00:28 |
Indicadores de inflação
02/2025 | 03/2025 | 04/2025 | |
---|---|---|---|
IGP-DI | 1,00% | -0,50% | |
IGP-M | 1,06% | -0,34% | 0,24% |
INCC-DI | 0,40% | 0,39% | |
INPC (IBGE) | 1,48% | 0,51% | |
IPC (FIPE) | 0,51% | 0,62% | |
IPC (FGV) | 1,18% | 0,44% | |
IPCA (IBGE) | 1,31% | 0,56% | |
IPCA-E (IBGE) | 1,23% | 0,64% | |
IVAR (FGV) | 1,81% | -0,31% |