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“Ata do Copom” mostra como os rentistas da dívida pública participam da definição da taxa de juros
Outros argumentos são a “resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”, repetindo a mentira de que a conjuntura do emprego estaria favorável aos trabalhadores
O Banco Central divulgou hoje a Ata da última reunião do COPOM (Diretoria do Banco Central), que justificou mais uma alta em 1% da Taxa Selic sob argumentos questionáveis, como o de “desancoragem adicional das expectativas de inflação”, ou seja, confessando que as expectativas dos rentistas influenciam na decisão sobre a taxa de juros. Outros argumentos são a “resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”, repetindo a mentira de que a conjuntura do emprego estaria favorável aos trabalhadores.
Além do mais, analisando-se os dados oficiais da inflação (IPCA) acumulada nos últimos 12 meses terminados em fevereiro/2025, divulgados pelo IBGE, a Auditoria Cidadã da Dívida verificou que mais de 70% dessa inflação não tem nada a ver com demanda aquecida (que, na visão do COPOM, deveria ser combatida por meio de uma alta nos juros), mas sim, por preços de alimentos (devido à priorização da agricultura de exportação), preços administrados pelo próprio governo (combustíveis, energia, comunicações, transporte coletivo, pedágio, taxa de água e esgoto, planos de saúde, medicamentos, cigarros), preços que seguem a inflação passada (cursos regulares) e tarifas bancárias (apesar dos bancos apresentarem lucros recordes).
Portanto, todo o processo de definição das taxas de juros – que tem sido o principal fator de crescimento da dívida pública, que não tem servido para investimentos sociais, mas somente para pagar os próprios juros e principal da dívida – está repleto de ilegitimidades, devendo ser alvo de profunda auditoria, feita com participação da sociedade.
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